quarta-feira, fevereiro 14, 2007

FELIZES COINCIDÊNCIAS.

A vida, às vezes, promove uns troços estranhos. Explico.

Hoje cedo, li o Pátria F.C., do Bruno Ribeiro, malandro que só conheço, ainda, por esses meios virtuais de comunicação. Digo ‘ainda’ pois espero, em breve, conhecê-lo pessoalmente, provavelmente no feriado da Páscoa, quando, como ele mesmo disse, virá ao Rio.

Mas vamos aos troços estranhos, felizes coincidências que nos alegram a alma. O Bruno publicou hoje cedo, no seu indispensável blog, um texto sobre um prato generoso e que deve ser comido aos montes, senão não tem a menor graça. É a Rabada acompanhada com batatas e agrião. E ele pôs lá uma receita da Tia Surica com ingredientes e modo de preparo. Coisa fina. Escrevi pra ele o que transcrevo, agora, na íntegra:

"Vê-se a generosidade dessa receita da Surica através dos 8 (oito!) molhos de Agrião. É preciso duas, ou três bolsas de mercado pra levar 8 molhos de agrião pra casa, malandro.

Essa receita serve seis pessoas no máximo! No máximo! É melhor que comam só quatro pessoas.

Bruno, já vi que quando se trata de cozinha, somos muito parecidos.
Não dispensamos uma Rabada como essa, uma Feijoada (preta ou branca) um belo Cozido...

Ainda te levo no Grande FENASOP, o Festival Nacional do Ensopado, que ocorre, geralmente, no dia dos Pais, na Rua Honório de Almeida, no Irajá. O Festival acontece no terreiro onde cresceu o mestre Nei Lopes e é promovido pela família dele. O pai da minha senhora, que é primo do Nei, ainda mora lá. A última edição (2006) começou na hora do almoço e varou madrugada.

E o tempero da festa? Cerveja (uma 50 caixas) e Samba, com o mestre Nei versando a noite inteira!!

E aí, topas?

Um putabraço!"

Fiquei aguardando a resposta lá no Pátria F.C.. Mas eis que a minha resposta foi dada aqui mesmo no Geografias Suburbanas, num comentário que também transcrevo agora, na íntegra, pra não perder a fidelidade que o assunto merece:

"Ô se eu topo! Diego, vou ao Rio no feriado de Páscoa. Tu vai estar aí? Podemos encontrar, malandro! Putabraço!"

Vamos celebrar esse encontro no Rio-Brasília, regado a muita sardinha frita na hora e muito maracujá. Muito mesmo!

E o Rio-Brasília foi o palco da feliz coincidência que vivi hoje. Saí de casa em direção ao bar pra filar um almoço de respeito preparado pelo time do seu Joaquim e da dona Teresinha. Pego o 607 aqui pertinho de casa, esquina de Uruguai com Conde de Bomfim, desço na esquina de rua do Bispo com Hadock Lobo e vou caminhando até a estreita Almirante Gavião, respirando o ar da Tijuca.

Bar cheio. Rapaziada almoçando legal. Taxista pra caramba, e essa é uma galera que sabe o que é bom. É difícil ver um lugar ruim sempre cheio de taxistas. Os caras acham pérolas preciosas nos maiores buracos da cidade. E o Rio-Brasília é um cantinho desses, muito especial.

Ainda do lado de fora o Joaquim me aponta uma mesa com apenas uma cadeira, entre um casal e um taxista. Me acomodo e olho pro quadro com os pratos do dia. É exatamente nessa hora que se dá a feliz coincidência. Em destaque, no topo da lista dos pratos estava escrito com giz branco no quadro negro: Rabada com Batatas e Agrião!

Amigos, eu nem li as outras opções. Não sei o que mais o Rio-Brasília serviu hoje. Já estava sendo atendido pelo Deus, garçom muito boa-praça, e que não leva essa alcunha à toa. Sem perda de tempo, mandei:

- Deus, a Rabada. Não perco essa Rabada de hoje por nada!

Extremamente bem servido, dava pra dois, o prato. Mas isso é porque o casal que comanda o bar sabe como se serve e como se come um prato como esse. Coca cola pra acompanhar o almoço e depois um maracujá. Acho um desrespeito e um desperdício ir até o Rio-Brasília e não tomar o maracujá. É indispensável. Pra finalizar, um doce de amendoim que é uma beleza. Tudo isso, senhores, por irrisórias treze pratas. Sem tirar nem pôr. Sem palavras.

Depois disso, me despeço por hoje deixando a saudação que o Bruno Ribeiro sempre me fez, e ainda faz nos nossos contatos, e que passei a retribuir assim que percebi a sutileza do troço.

Putabraço!

3 comentários:

Anônimo disse...

Valeu, malandro!

Belo texto, assino embaixo. É claro que vamos nos conhecer. Depois me manda por e-mail teu telefone que eu ligo antes de ir.

Como diz o mano Goldenberg: o negócio é arregimentar o nosso exército. É ou não é?

Um putabraço!

Diego Moreira disse...

Claro que é!

mas em tempo, malandro: tua receita era de rabada com ANGÚ e agrião...
Na empolgação, nem me liguei...

Putabraço!

Anônimo disse...

Cabe lembrar q eu te apresentei ao belo recanto da Tijuca,onde encontramos a sagrada cerveja e os maravilhosas sardinhas.

Abraços