Nesses tempos em que os caminhos da juventude brasileira perturbam até mesmo os mais despreocupados, pareceu-me interessante aproveitar a necessidade de aplicar uma avaliação complementar para saber o que os jovens pensam sobre o Brasil e o que esperam dele no futuro, dando-lhes a oportunidade de expressarem suas idéias. Pedi a 150 alunos do segundo ano do ensino médio que escrevessem um pequeno texto propondo ações práticas que pudessem colaborar com o processo de desenvolvimento do país, especialmente sobre as formas de apropriação e valorização do espaço nacional, focando-se as áreas de indústria e tecnologia, agricultura, energia e transportes.
Para o desenvolvimento industrial e tecnológico do país, a idéia de que há necessidade de mais investimentos em educação, tanto de base quanto tecnológica, foi a mais mencionada pelo conjunto de alunos. Foi ressaltada também por muitos a importância dos investimentos em pesquisa científica e tecnológica como um elemento capaz de criar um diferencial estratégico ampliando a capacidade produtiva e competitiva do país. Destacou-se também a proposta de desconcentração espacial da indústria pelo território nacional a fim de cria novos pólos de desenvolvimento fora do espaço do Centro-Sul.
Na área de agricultura a idéia mais defendida foi a necessidade de apropriação das terras improdutivas do país para a extensão do programa nacional de reforma agrária. Foi digno de nota, contudo, a consciência de que tal reforma precisa ser acompanhada de uma política agrícola que crie condições de cultivo e comércio aos produtores assentados. Nesse conjunto de idéias também foi mencionada a importância do estímulo à agricultura familiar por ela ser capaz de gerar a subsistência e o bem-estar do homem no campo e de fixá-lo na terra.
Sobre a questão energética o consenso ergue-se em torno da importância da diversificação das fontes de energia e da necessidade de adequação do uso das fontes às características do espaço de produção de energia. Destacaram-se a noção de que a construção de hidrelétricas de grande porte que abastecem grandes áreas gera impactos sociais e ambientais que poderiam ser minimizados pela construção de hidrelétricas pequenas voltadas para demandas locais. Foi defendida a redução do uso do carvão, do petróleo e seus derivados em favor do gás natural, com destaque para o investimento no gás nacional a fim de reduzir a dependência em relação à Bolívia. Foi proposta a expansão do programa nuclear ressaltando-se que ele deve ser cercado de cuidados com seus impactos e com os altos riscos que gera. Cabe ressaltar ainda que esses jovens brasileiros defendem o uso de biocombustíveis produzidos a partir de produtos como a cana-de-açúcar, a mamona e o dendê.
Quanto aos transportes ficou claro que eles vêem uma necessidade urgente de adequação e integração do sistema de transportes brasileiro. Compreendem que um país de longas distâncias como o Brasil não pode ter a rodovia como modelo básico e por isso defendem o uso de hidrovias, onde a geografia permite, e a construção de ferrovias que integrem não só as grandes áreas produtivas do interior aos portos mas também ao mercado interno, conectando todas as regiões do país. Destacou-se a idéia que defende a construção de estações intermodais capazes de criar uma relação de complementaridade entre os diversos meio de transporte, tendo em mente que nenhum meio de transporte é ruim quando utilizado de forma adequada. Para os transportes nas grandes cidades foi defendida a expansão dos sistemas metroviários integrados aos terminais rodoviários, o rodízio de carros e até mesmo a adoção de transportes não motorizados como as bicicletas para curtas distâncias.
É fato que nem de longe essas idéias esgotam as necessidades desse país, mas se essa geração crescer defendendo politicamente as idéias que escreve num trabalho de geografia e pondo-as em prática enquanto cidadãos no seu dia-a-dia, eu não sei bem o que dizer mas tenho pra mim que esse país promete.
Para o desenvolvimento industrial e tecnológico do país, a idéia de que há necessidade de mais investimentos em educação, tanto de base quanto tecnológica, foi a mais mencionada pelo conjunto de alunos. Foi ressaltada também por muitos a importância dos investimentos em pesquisa científica e tecnológica como um elemento capaz de criar um diferencial estratégico ampliando a capacidade produtiva e competitiva do país. Destacou-se também a proposta de desconcentração espacial da indústria pelo território nacional a fim de cria novos pólos de desenvolvimento fora do espaço do Centro-Sul.
Na área de agricultura a idéia mais defendida foi a necessidade de apropriação das terras improdutivas do país para a extensão do programa nacional de reforma agrária. Foi digno de nota, contudo, a consciência de que tal reforma precisa ser acompanhada de uma política agrícola que crie condições de cultivo e comércio aos produtores assentados. Nesse conjunto de idéias também foi mencionada a importância do estímulo à agricultura familiar por ela ser capaz de gerar a subsistência e o bem-estar do homem no campo e de fixá-lo na terra.
Sobre a questão energética o consenso ergue-se em torno da importância da diversificação das fontes de energia e da necessidade de adequação do uso das fontes às características do espaço de produção de energia. Destacaram-se a noção de que a construção de hidrelétricas de grande porte que abastecem grandes áreas gera impactos sociais e ambientais que poderiam ser minimizados pela construção de hidrelétricas pequenas voltadas para demandas locais. Foi defendida a redução do uso do carvão, do petróleo e seus derivados em favor do gás natural, com destaque para o investimento no gás nacional a fim de reduzir a dependência em relação à Bolívia. Foi proposta a expansão do programa nuclear ressaltando-se que ele deve ser cercado de cuidados com seus impactos e com os altos riscos que gera. Cabe ressaltar ainda que esses jovens brasileiros defendem o uso de biocombustíveis produzidos a partir de produtos como a cana-de-açúcar, a mamona e o dendê.
Quanto aos transportes ficou claro que eles vêem uma necessidade urgente de adequação e integração do sistema de transportes brasileiro. Compreendem que um país de longas distâncias como o Brasil não pode ter a rodovia como modelo básico e por isso defendem o uso de hidrovias, onde a geografia permite, e a construção de ferrovias que integrem não só as grandes áreas produtivas do interior aos portos mas também ao mercado interno, conectando todas as regiões do país. Destacou-se a idéia que defende a construção de estações intermodais capazes de criar uma relação de complementaridade entre os diversos meio de transporte, tendo em mente que nenhum meio de transporte é ruim quando utilizado de forma adequada. Para os transportes nas grandes cidades foi defendida a expansão dos sistemas metroviários integrados aos terminais rodoviários, o rodízio de carros e até mesmo a adoção de transportes não motorizados como as bicicletas para curtas distâncias.
É fato que nem de longe essas idéias esgotam as necessidades desse país, mas se essa geração crescer defendendo politicamente as idéias que escreve num trabalho de geografia e pondo-as em prática enquanto cidadãos no seu dia-a-dia, eu não sei bem o que dizer mas tenho pra mim que esse país promete.
3 comentários:
O plano ja está elaborado o que falta é coloca-lo em prática
É isso, meu caro Fernando.
Seja bem chegado neste blog.
Abraço!
obrigado Diego, Abraço!
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