quarta-feira, julho 07, 2010

PAPO RÁPIDO

§ Lamentável a forma como o goleiro Bruno sairá do Flamengo, no camburão, para as garras da justa, depois de mandar matar, desossar e ocultar sob concreto os ossos da ex-amante Elisa Salmudio, modelo e atriz pornô com quem ele teve um filho. Preferia que ele tivesse saido há tempos, antes de estragar a vida da moça, a própria vida e deixar essa mácula ao Fla. Nunca gostei do infeliz.

§ Escrevi dia desses no twitter que tenho dificuldades de respeitar alguém que torce pela seleção de futebol do Uruguai. A questão é simples: nenhum outro selecionado causou dor tão atroz ao povo brasileiro. Nem a Itália em 82. Acho a dor do Maracanazzo, dentro de casa, mais intensa do que a do Sarriá. Posso sentí-la. No entanto eu tenho tido dificuldades de torcer para a Holanda, embora desde os dois primeiros jogos eu a apontasse como finalista entre os meus. Isso porque acho que vai ser de uma sacanagem histórica muito grande a vitória da Holanda na África do Sul. Acabei torcendo um pouquinho pela Celeste, como fez muita gente que conheço.

§ A noite de hoje desenha-se como mais uma daquelas de clarividência coletiva, onde será possível ver a alma do subúrbio e, até mesmo, incorporá-la. O subúrbio desencarnou faz tempo e o corpo apodrece na superfície com alguns poucos saudosos chorando seu velório e outros, uns abutres, consumindo o que lhe restou de matéria. Mas a alma está viva! E vai baixar de novo no Irajá hoje à noite. Saravá!

P.S.: Vejo nessa escalada do Uruguai em 2010 um troço perigosíssimo para o Brasil. Acredito na força dos vizinhos do sul. Creio mesmo que o Maracanazzo pode se repetir em 2014. Mas nisso eu não quero nem pensar.

Até!

3 comentários:

Bezerra disse...

Salve, Diego!

Entre uma ou outra leitura pelos blogues do Edu e do Simas, sempre passo por aqui, quando posso, pra ler teus textos. E o que me impressiona (e me emociona, sem me ater à rima, claro) é a tua devoção ao Irajá, bairro tão caro às minhas reminiscências infanto-juvenis. Aliás, Diego, muito do que sou hoje, reconheço (e agradeço, sobretudo), devo ao Irajá - em especial, às imediações da Monsenhor Félix, da Padre Roser, ali na Toropasso...

É isso!

Salve o Irajá, camará!

Saravá!

Diego Moreira disse...

Maravilha, Bezerra! Também andei muito por ali! Na Toropasso, se não me engano, ficava a Igreja Batista de Irajá, onde fui certa vez ver um amigo tocar na orquestra. Irajá é terra do meu sogro - mojubá! - e o velho era primo e compadre do mestre Nei Lopes. Cresceram juntos ali no Pau-Ferro. E lá que eu sempre vou quando a família agita alguma coisa.

Seja sempre bem chegado. Abraço!

Bezerra disse...

Isso mesmo, Diego: ali na Toropasso, até hoje, fica a Igreja Batista. Mas o principal atrativo da rua sempre foi (e será) a tradicionalíssima feira de domingo, que acontece, pelo menos, há vinte anos.

Abração!