terça-feira, setembro 22, 2009

UM BATE PAPO SOBRE RAÇA

O bom jornalista Sidney Rezende, meu primo em parentesco veramente distante, postou no seu blog, o SRZD esse texto aqui, com um vídeo que eu, meus amigos, achei fortíssimo.

Publiquei no blog dele o seguinte comentário, que transcrevo, aqui, na íntegra:

Sidney, as maravilhas da genética e suas conclusões mais recentes sobre a inexistência de raças poderiam ajudar a combater o racismo se ele não fosse um fenômeno social tão arraigado na cultura ocidental. A noção de raça continua operando na sociedade iluminada pela ciência moderna. Especialmente para tudo o que se refere à África. A África é "primitiva"; seus povos não são "civilizados"; sua Natureza é "selvagem" - como se toda Natureza não fosse; A escravidão é "culpa" dos próprios africanos. Tudo é pejorativo, é negativo. Pouco se ergue a voz para falar algo de bom da África, um continente rico, de uma diversidade humana e cultural imensa, de civilizações lendárias e esplendorosas. E quando se fala bem dela, e se pretende defender seus filhos da opressão e da exclusão a que foram, historicamente, e são submetidos ainda hoje, vem os paladinos da democracia racial para nos dar aula de biologia e dizer que raça não existe. Não foram apontados assim (http://botequimdobruno.blogspot.com/200 9/09/um-homem-lamentavel.html) nas ruas. Se fossem, não diriam o que dizem. Obrigado por me mostrar esse vídeo que apenas confirma minhas convicções. Abraço!

O link que indico à ele é do blog de outro grande jornalista, o Bruno Ribeiro, de Campinas. Para chegar ao blog do Bruno e ler o que ele escreveu, basta clicar
aqui ou na barra lateral à direita deste blog.

Assistam ao filme e tirem suas conclusões. Mas antes de apertar o Play, nunca foi tão válida uma dica: tirem as crianças da sala!


Abraços!

domingo, setembro 20, 2009

PAPO DE SUBURBANO - ARMANDO UM CHURRASCO

- Então, meu cumpadi. Será que a gente pode sentar agora e fechar a lista das coisas que a gente vai botar nesse churrasco?

- Peraí...

- Porra.. Se depender de você esse churrasco só sai ano que vem, cumpadi. Qual foi agora?

- Pô, cara... Tu é estressado pra cacete, hein! Tu não tá vendo que eu tô no celular? To desenrolando com uma mina aqui, pô! Peraí que eu já vou...

- Lerdo pra caralho... Nunca comeu ninguém e agora vem com esse papo de mina. Aí, ele é cabaço, hein! Tá me escutando, filé? Não pega, não!

- Qual foi, parceiro? Tá querendo me queimar? Querida, depois eu falo com você, tá bom? Um beijo...

- Até que enfim!

- Porra... Chato pra caralho, você, hein...

- Vambora fazer essa merda dessa lista que o Aluízio precisa ir logo no mercado pra comprar as paradas.

- E porque que ele tá com essa pressa toda que eu não posso nem desenrolar com uma mulezinha?

- Porque o churrasco é amanha e a irmã dele vai casar hoje, cara. Ele ainda tem que meter uma beca.

- E quem é o péla-saco que vai casar com a gostosa da irmã do Aluízio.

- Não sei, só sei que nasceu virado pra lua o sortudo. Mas vamo fazer a porra da lista!

- Tá. Quanto de cerveja?

- Doze caixas.

- Tá. Daquelas com 12 latinhas, né?

- Claro que não, muleque! Daquela com 24 garrafas! É óbvio!

- Que isso, cara! O churrasco deve ter no máximo umas 30 cabeças!

- E tu acha que é pouco? Esses caras são tudo esponja, rapá. Absorve a cerveja todinha, e quando tu vê, já era...

- E doze caixas de 24 garrafas dá quantas cervejas pra cada um?

- Pô, muleque! Tu acha que eu sou matemático? Eu sou é cachaceiro, porra! Faz a conta aí, você, pô!

- Peraí... Doze vezes vinte e quatro... se doze mais vinte e quatro dá trinta e seis, doze vezes vinte e quatro deve dar 360.

- Caralho, tu é burro pra caralho, hein!

- Porque? Tá certo, porra!

- Que certo é o caralho!..

- Dá quanto então?

- Não sei! De cabeça eu não sei, só no papel...

- Muleque, que série que tu parou?

- Ahn?

- Que série que tu parou na escola?

- Parei na sexta, e tu?

- Parei na quarta...

- Então cala a boca que eu sou mais inteligente que você.

- Ah, vá tomá nesse teu brioco!

- Seu burro, me dá um papel aí, vai. Pega um papel pra eu fazer a conta.

- Escreve nesse aqui. Toma.

- Vamo ver quanto dá... É... Acho que...

- Quanto dá?

- 288

- Aí, é cerveja pra caralho!

- Que nada! Não dá nem dez garrafas pra cada um! E tu ainda não conhece o meu primo Marcinho. Ele bebe as minhas dez, as tuas dez e as dez dele. Só depois ele pára pra dar uma mijada. Depois continua bebendo.

- Tá, 12 caixas com 24 garrafas. Fechado. E a carne?

- Peraí, tu esqueceu o refrigerante!

- Pra que, essa merda?

- Tem gente que não bebe, cara!

- Tá, bota quanto?

- Quatro garrafas de 2 litros tá bom.

- Beleza, agora a carne!

- Anota aí.

- Ahan, pode falar.

- 5 kg de linguiça...

- Ahan

- 5 kg de alcatra...

- Só isso?

- O churrasco é pra gente beber ou encher o rabo dos outros?

- Tá, que mais?

- 4 kg de asa...

- Ahan

- 1,5 kg de coração...

- É muito.

- Porque?

- Metade da galera é do santo. Povo do santo não come os axés.

- Como assim axés?

- Axé, cara. Sei lá. Só sei que eles não comem coração.

- Quanto, então?

- Meio quilo é coração pra caralho. Tá bom demais.

- Beleza, menos um dinheiro.

- E o que mais?

- 1,5 kg de fígado de boi...

- Bom pra cacete!

- É. Bom e barato.

- O que mais?

- 20 pães franceses.

- Ué? Pra que?

- Cala a boca e escreve essa porra...

- Cara, antes que eu me esqueça...

- Ahn?

- Não fode.

- Tá, onde é que eu tava?

- 20 pães franceses...

- Tá. Anota aí, então, uma cabeça de alho e um pote pequeno de maionese.

- Pro pão de alho? É isso?

- É.

- Ahan... Que mais?

- 2 kg de jiló.

- Caralho, um jilozinho na brasa...

- Com queijo ralado por cima...

- Só aqui no subúrbio! Nunca vi jiló em churrasco na Barra!

- Bota aí 3 pacotes de queijo ralado.

- Tá. E o carvão?

- Anota aí 3 sacos e uma garrafa de álcool pra dar uma pressão.

- A churrasqueira é boa?

- Pra chuchu.

- Tem aqueles furinhos embaixo?

- Tem, pô.

- É aberta lá embaixo, na base?

- Claro! A churrasqueira é do caralho, cara!

- Então não precisa de muito álcool, não. Só um pouquinho no início. Eu tenho isso lá em casa.

- Tu leva?

- Levo, pô. Tranquilo.

- Tá. Agora o som.

- Pô, não te falei?

- O quê?

- O Torrado e o Carcará vão trazer banjo, cavaco e ainda vão arrastar o Jorge Bocão, o Minuca e o Remela pra batucar.

- O Minuca vem?

- Vem, pô! To te falando...

- Então ele vai trazer a cachaça lá da Mem de Sá.

- Ora ora...

- E quem é esse Remela?

- Lembra não? Remela, pô. Primo do Xandinho. É aquele muleque doente, que o olho dele não para de sair remela o dia inteiro...

- Ah! Pode crer! Mas, então vai ter batucada, é certo?

- Já tá! É só torcer pra fazer calor pra mulherada vir menos vestida e beber mais.

- Beleza! O resto, a cerveja, o churrasco e a batucada já tão garantidos.

- Muleque, é o filé me ligando de novo. Não posso dar mole...

- Vai... Vai... Vai ver se tu perde esse cabaço!

quarta-feira, setembro 16, 2009

CONSTRUINDO CIDADANIA EM SALA DE AULA

Apesar do título, esse texto não pretende se apresentar como guia, roteiro ou algo semelhante para a construção da cidadania em sala de aula. Trata-se apenas de uma reflexão baseada em uma experiência verificada em diversas oportunidades nas aulas de Geografia que leciono.

Desigualdade social é um tema frequente, seja nas abordagens diretas ou em abordagens em que o tema aparece de forma transversal. Ao trabalhar esse tema, gosto muito de fazer uma pesquisa de opinião com os alunos. O resultado é quase sempre uma polêmica frutífera, salutar, que favorece à troca de ideias.

A primeira pergunta que faço é se eles concordam que a parcela formada por 1% dos brasileiros de maior renda mensal representa uma elite em nossa sociedade. Poucos discordam. São os 1% mais ricos do Brasil. Diante dos 99% restantes, eles formam uma elite. Essa é a convicção dos alunos.

Depois informo que o IBGE fez, no Censo Demográfico de 2000, um cálculo que estabeleceu a renda mensal mínima para um indivíduo figurar no grupo de 1% dos brasileiros de maior salário/renda.

Pergunto o quanto eles acham que ganhavam por mês esses brasileiros que faziam parte do grupo mais rico, no ano de 2000. Aproveito o ensejo para explicar ou relembrar os conceitos de inflação e salário mínimo enquanto eles refletem e tomam sua posição.

Para ajudar, forneço o dado de que a população brasileira calculada por aquele Censo foi de aproximadamente 180 milhões de habitantes, ou seja, os 1% mais ricos do país seriam, aproximadamente, 1,8 milhões de brasileiros.

Eles refletem e emitem suas opiniões. Começa a polêmica. Eles debatem entre si, argumentam, num processo que eu controlo de perto para que não desande para a ridicularização da opinião alheia ou a agressão verbal, tamanha é a paixão que o tema desperta.

Nessa semana, tive a oportunidade de repetir essa pesquisa em duas turmas. As opiniões variaram entre cinco mil reais e cinco milhões de reais.

Se cinco milhões parece-lhe muito exagerado (adolescentes são exagerados) saiba-se, então, que a opinião da maioria fica em valores entre 20 e 100 mil reais, com alguns alunos apontando absoluta certeza para valores superiores a 100 mil reais. Não são raros aqueles que acham que o valor gira em torno de 500 mil reais.

O tema é para o debate.

Feita a discussão entre eles, apresento, para o espanto da imensa maioria, o valor obtido pelo Censo do IBGE de 2000.

Segundo os dados da pesquisa o grupo de 1% dos brasileiros de maior renda recebia valores acima de R$ 2.950,00.

Eles não acreditam.

Trabalho com jovens de poder aquisitivo que oscila do médio para o elevado. Alguns tem poder aquisitivo muito elevado. Para eles, o resultado é um choque.

É natural que cada um avalie a própria condição diante dessa informação. No entanto, ao perceber que a maioria se restringe a medir sua posição - tentando se localizar dentro desse estrato social - lanço o dado com outro ponto de vista. Explico que a imensa maioria dos brasileiros ganhava, em 2000, menos que R$2.950,00.

É interessante notar como as expressões mudam. Muitos me perguntam e outros apenas se perguntam:

- Como isso é possível?

É quando se atinge esse clima que o dado mais forte encontra seu espaço.

Ao perceber que eles se deram conta da condição de desigualdade em que vive a população brasileira, explico que o mesmo censo de 2000 verificou que aproximadamente 50% da população brasileira vivia com renda de até um salário mínimo.

Quase sempre é impossível conter a conversa, o burburinho. É a força da polêmica.

Quando eles acham que nada podia ser pior, lembro que o valor do salário mínimo em 2000 era de aproximadamente 150 reais. Ou seja: a metade dos brasileiros vivia - ou sobrevivia, eis a conclusão que eles tiram - com apenas 150 reais ou menos do que isso.

O tempo gasto em sala de aula para fazer essa atividade é mínimo. Os resultados são excelentes. Trabalha-se, assim, para o desenvolvimento de uma consciência mais cidadã nos estratos mais elevados da nossa sociedade.

Gostaria de saber como funciona essa pesquisa com alunos que possuem uma realidade social diferente da realidade dos meus alunos. Se você, leitor, é professor e se interessou em reproduzir essa dinâmica, contribua registrando os resultado do seu trabalho aqui nessa janela de comentários. Você não é professor? Fique a vontade para comentar também!

Um abraço solidário!

IBAMA PUBLICA DADOS DE POLUIÇÃO DOS CARROS

A liberdade de escolha é um dos princípios mais democráticos. Poder escolher sua casa, sua religião, seus amigos, sua profissão exemplificam bem esse direito.

Também é exemplo disso a liberdade de escolha na hora do consumo. O que comprar?

Para as pessoas que incluem o meio-ambiente e a saúde do planeta entre suas principais prioridades, há uma boa notícia: o governo avaliou os níveis de gases poluentes emitidos pelos veículos produzidos no Brasil em 2008 e divulgou os resultados obtidos.

As pessoas que estão pretendendo comprar um automóvel ganharam, com isso, mais um indicador que pode ser usado para avaliar a compra. Para alguns, o novo indicador pode ser um dos mais importantes. Para outros, entra na lista como um dos últimos critérios de desempate na escolha do modelo a ser comprado.

A surpresa dos dados apresentados surgiu na constatação de que vários modelos com motorização 1.0 e/ou movidos a álcool se apresentaram mais poluentes do que outros com motores mais potentes movidos a gasolina.

Ficou curioso? Faça o teste no SITE DO IBAMA, lembrando que ele só é válido para os modelos fabricados em 2008. De qualquer modo, dá para ter uma ideia aproximada de como estão os níveis de poluição dos modelos mais recentes já que poucas fábricas fizeram mudanças tecnológicas significativas em seus motores.


Agradecimentos à Dra. Lucia e à Clélia que me enviaram essa notícia por email.

domingo, setembro 13, 2009

VISTA A CAMISA DA EDUCAÇÃO

Publiquei aqui a carta enviada pelo então candidato ao governo do Estado do Rio de Janeiro, Sergio Cabral Filho, às residências dos professores das escolas estaduais contendo as promessas de campanha, além de um vídeo que mostra a reação da polícia contra a manifestação feita pelos professores contras as medidas que o governo pretende impor aos docentes do estado.

Publico, agora, a carta aberta dos professores servidores do estado comparando as propostas de campanha de Cabral com as medidas que o governo está implantando no campo da educação. Veja:

Nós, professores servidores do Estado do Rio de Janeiro, escrevemos esta carta aberta à população do Rio de Janeiro para mostrar aquilo que realmente envolve a questão a incorporação da gratificação chamada Nova Escola e a diminuição do nosso plano de carreira.

A princípio, não foi dito o valor do salário do professor estadual, que é de apenas R$ 607,26. A população deve imaginar que recebemos alguma ajuda extra, como vale transporte, vale refeição, que qualquer empresa é obrigada a pagar a seu funcionário. Porém, não é isso o que acontece: não recebemos estes benefícios que são direitos de todo o trabalhador e ainda temos o desconto previdenciário de 11%, recebendo um salário líquido de aproximadamente R$ 540,00.

O Governo faz propagandas na televisão dizendo que deu laptops para todo professor, mas na verdade, estes laptops foram adquiridos pelo sistema de comodato, ou seja, estes equipamentos são emprestados pelo governo que, quando bem entender, pode pedir os mesmos de volta.

Atualmente, observamos a climatização das salas de aula, onde o Governo aluga os aparelhos e ainda terá um consumo absurdo de energia elétrica, gerando consumo de energia bastante elevado.

A incorporação do Nova Escola se dará até 2015, em 7 parcelas. O governador já se considera reeleito. Existem casos de professores que receberão, no ano que vem, segundo este projeto, um aumento de R$ 2,47! Isso mesmo, talvez não dê para pagar uma passagem com o valor deste aumento em 2010.

Um outro ponto é o grande número de pedidos de exoneração de professores, estima-se que seja aproximadamente 30 por dia! Não existem condições de trabalho e isso nos incomoda. Contudo, o que mais nos deixa indignados, é a carta compromisso enviada aos nossos lares onde o mesmo governador empenha sua palavra e agora se esquece de tudo aquilo que prometeu. As promessas são:

Promessa 1- Reposição das perdas dos últimos 10 anos.
Resultado - Reajuste de 4% e mais 8% de uma perda de mais de 70%.


Promessa 2- Manutenção do atual plano de carreira e inclusão dos professores de 40h.
Resultado - Não só manteve o professor 40h de fora do plano como diminuiu as diferenças entre níveis de 12% para 7,5%..


Promessa 3- Fim da política da gratificação Nova Escola e incorporação do valor da gratificação ao piso salarial.
Resultado - Esqueceu de avisar que seria em 7 anos e sem reposição da inflação.


Promessa 4 - "A secretaria de Estado de Educação do meu governo terá como titular pessoa com histórico na área de educação e vínculos com o magistério."
Resultado - A atual titular da pasta é da área de computação, burocrata sem passagem pelo magistério.


Não somos ouvidos, e ainda vemos a imprensa nos virar as costas e distorcer a situação real. Somos pais e mães de família, que fizeram um curso superior, na esperança de um futuro melhor.

Contamos com a compreensão e a colaboração da população do Estado do Rio de Janeiro.

Vista a camisa da Educação, você pode não ser professor, seu filho e sua família podem não precisar da Educação Pública, mas a nossa sociedade só vai melhorar com Educação Pública de qualidade Faça a sua parte, essa será uma verdadeira mudança na história da Educação no Estado do Rio de Janeiro, porém precisamos adequar a verdadeira realidade do magistério Estadual.

Mande para os seus contatos e vamos mostrar a nossa força!!!!!!!

Agradecemos imensamente a atenção. Professores do Estado do Rio de Janeiro.

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Agradeço ao camarada Sandro Lessa que enviou-me a carta dos professores por email.

sexta-feira, setembro 11, 2009

A CAMPANHA MENTIROSA DE SERGIO CABRAL FILHO

Para quem ainda acredita em promessas de campanha, comparem a carta de Cabral enviada para os professores durante a campanha com os fatos mais recentes... Se você não viu nada sobre a luta dos professores do estado do Rio de Janeiro, assista ao vídeo.


domingo, setembro 06, 2009

PAPO DE SUBURBANO - SOBRE AMANTES

- Tu viu aquela mulher que tava chegando num Escort XR-3 quando a gente tava estacionando o carro?

- Que que tem?

- Tô chegando junto.

- Sério? Mas já é ou já foi?

- Ja foi.

- E ela tá sozinha ou só tu que tá pegando?

- Nada. Ela é casada.

- Caralho...

- Essa é que é a pica, mermão.

- E bota pica nisso!

- Mas é uma pica meio brocha.

- Sério?

- Pelo que eu entendi, o cara não é muito chegado não.

- Como assim, ele é viado?

- Acho que viado ele não é não. Só não gosta muito de meter com a mulher.

- Vai ver, tá até comendo outra.

- É, mas, enquanto isso, eu faço o trabalho de casa pra ele, hahahaha!

- Hahahaha!

- E é gostosa a safada...

- É mermo?

- Porra... Tem umas pernas bem feitas, uma bunda grande, durinha, daquelas que pedem um tapas...

- Caralho...

- E o melhor é que ela sabe fazer o troço. Sem pudores. É uma devassa!

- Não é possível! E o cara não quer comer a mulher!..

- É, vai entender...

- Ou ele é viado ou tá comendo a mulher dos outros por aí.

- É. Só espero que ele seja viado e não esteja comendo a minha.

quinta-feira, setembro 03, 2009

ESTRELLA

Para a prima Claudia e o primo Gustavo, com saudades deles que vivem em Barcelona.


Abraços!