Todo mundo sabe que o som do sotaque mineiro é daquelas coisas que fazem o Brasil ser mais Brasil. E o chão de Minas tem mistérios que brotam em meio a panelas de barro e pedra, emoldurados por igrejas monumentais, profetas, coroinhas, reizados, congadas...
Cafezais, vaquinhas, hortas, canaviais, vendinhas, butecos, alambiques, e mais, ditando o ritmo do passo cadenciado do povo. Fazendo a vez de trilha sonora, ao fundo, o sotaque mineirin vive e se mantém, passando de geração em geração.
Vai que é daí que florescem vários mistérios forjados na simplicidade do dia-a-dia, dificílimos de serem desvendados, mesmo para nativos daquele solo. Trago um deles, troço fácil de se ouvir pelas ruas de Belzonte - alô, Maíra! - pra vocês se divertirem e quebrarem a cuca tentando desvendá-lo.
"Êspensquiuônsédês"
Assim mesmo. Tudo junto - que é como se ouve isso por lá. O que será que significa isso? Responde aí! Alô, Minas! Fica quieto, sô!
Inté!
10 comentários:
eu aaaaaaamo Minas!!!
beijos, dear
MM.
Adoro sotaques... nordestino, sulista, mineiro. Só o carioca me incomoda um pouco, qdo exagerado (ops, perdoe aí, Diego!).
Por acaso seria: "Eles pensam que o ônibus é deles"?
bjo,
Clé
Na mosca, Clélia!
Matou certinho!
Bjo! Diego.
Esta foi difícil, Diego! Mas tenho de admitir que tive ajuda de uma amiga, filha de mineiros, a Kátia Diniz. O mérito é dela, portanto. Trapaceei, né? Não resisti.
Dê um pulinho lá no Achados, pra ouvir Chico, admirar Cárcamo e ler Quintana...
bjo,
Clé
Eu não consegui matar a charada. Confesso. E olha que eu viajo muito pra Minas. E olha que eu não viajo só pra BH. Vocês tem que ver como é que fala o povo de Ipatinga!
Gosto deste jeito do mineiro falar, Diego, e esse jeito me remete a todas as coisas que você citou.
Acontece que, quando visito os clientes em Minas, eu me encontro com pessoas, muitas vezes, bastante importantes e poderosas. São gerentes, diretores e até presidentes e empresas enormes, grandes siderúrgicas, mineradoras importantes. Encontro-me com estas pessoas em ambientes pomposos, imponentes, cheios de simbolismos. Eles estão sempre bem vestidos, empertigados, cheios de consciência do seu poder.
E aí, quando abrem a boca, quando começam a falar, falam que nem o matuto da roça, como se estivessem mastigando uma paia enquanto conversam. E nesse instante, a eventual má vontade que eu tivesse sentindo se esvai. Nesse instante, esse mineiro acaba caindo em minha simpatia. Principalmente porque não dá pra se levar muito a sério uma cara que fala desse jeito. E pra mim, não levar alguém muito a sério é elogio.
Correção:
Diego, apesar de ter nascido em Minas (7 Lagoas), esta minha amiga veio pra Sampa aos 2 anos de idade. Por isso, considero-a mais paulista que mineira. Mas ela, claro, logo me corrigiu: "(...) não sou apenas filha de mineiros, sou mineira também (...)." Daí, a minha infração foi ainda mais grave!
Clélia, essa frase é um clássico mineiro. Tem até comunidade no Orkut com milhares de membros. Se quiser, peça pra Cê te mostrar o link (http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=1073666). Sua amiga Kátia Diniz, mesmo em Sampa desde os dois anos de idade, não de ter encontrado grande dificuldade pra matar a charada e te dar o palpite. Está valendo! Bjo!
Arnaldo, o som desse sotaque mineiro remete à simplicidade total, à ausência da sofisticação, à malícia do "come-quieto"... Com ele, o Brasil é mais BraSil e menos BraZil. Uma beleza, teu comentário.
Abraços!
Olha só, eu não sabia... Não faço parte do orkut, mas pedirei pra Cê me mostrar, sim.
Esta história do Arnaldo é mesmo legal.
'té +,
Clé
Não sou boa em contar piada, mas tem uma historinha mineira qu’eu gosto (talvez vc conheça): A família esperava o trem na estação. Quando o pai avistou o dito-cujo, falou, logo, pros filhos: "pega os trem que a coisa vem vindo!"
Boa, essa historinha!
Bjo!
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