domingo, janeiro 27, 2008

MINEIROS MISTÉRIOS

Todo mundo sabe que o som do sotaque mineiro é daquelas coisas que fazem o Brasil ser mais Brasil. E o chão de Minas tem mistérios que brotam em meio a panelas de barro e pedra, emoldurados por igrejas monumentais, profetas, coroinhas, reizados, congadas...

Cafezais, vaquinhas, hortas, canaviais, vendinhas, butecos, alambiques, e mais, ditando o ritmo do passo cadenciado do povo. Fazendo a vez de trilha sonora, ao fundo, o sotaque mineirin vive e se mantém, passando de geração em geração.

Vai que é daí que florescem vários mistérios forjados na simplicidade do dia-a-dia, dificílimos de serem desvendados, mesmo para nativos daquele solo. Trago um deles, troço fácil de se ouvir pelas ruas de Belzonte - alô, Maíra! - pra vocês se divertirem e quebrarem a cuca tentando desvendá-lo.

"Êspensquiuônsédês"

Assim mesmo. Tudo junto - que é como se ouve isso por lá. O que será que significa isso? Responde aí! Alô, Minas! Fica quieto, sô!

Inté!

10 comentários:

. fina flor . disse...

eu aaaaaaamo Minas!!!

beijos, dear

MM.

Clélia Riquino disse...

Adoro sotaques... nordestino, sulista, mineiro. Só o carioca me incomoda um pouco, qdo exagerado (ops, perdoe aí, Diego!).

Por acaso seria: "Eles pensam que o ônibus é deles"?

bjo,
Clé

Anônimo disse...

Na mosca, Clélia!
Matou certinho!
Bjo! Diego.

Clélia Riquino disse...

Esta foi difícil, Diego! Mas tenho de admitir que tive ajuda de uma amiga, filha de mineiros, a Kátia Diniz. O mérito é dela, portanto. Trapaceei, né? Não resisti.

Dê um pulinho lá no Achados, pra ouvir Chico, admirar Cárcamo e ler Quintana...

bjo,
Clé

Arnaldo Heredia Gomes disse...

Eu não consegui matar a charada. Confesso. E olha que eu viajo muito pra Minas. E olha que eu não viajo só pra BH. Vocês tem que ver como é que fala o povo de Ipatinga!

Gosto deste jeito do mineiro falar, Diego, e esse jeito me remete a todas as coisas que você citou.

Acontece que, quando visito os clientes em Minas, eu me encontro com pessoas, muitas vezes, bastante importantes e poderosas. São gerentes, diretores e até presidentes e empresas enormes, grandes siderúrgicas, mineradoras importantes. Encontro-me com estas pessoas em ambientes pomposos, imponentes, cheios de simbolismos. Eles estão sempre bem vestidos, empertigados, cheios de consciência do seu poder.

E aí, quando abrem a boca, quando começam a falar, falam que nem o matuto da roça, como se estivessem mastigando uma paia enquanto conversam. E nesse instante, a eventual má vontade que eu tivesse sentindo se esvai. Nesse instante, esse mineiro acaba caindo em minha simpatia. Principalmente porque não dá pra se levar muito a sério uma cara que fala desse jeito. E pra mim, não levar alguém muito a sério é elogio.

Clélia Riquino disse...

Correção:

Diego, apesar de ter nascido em Minas (7 Lagoas), esta minha amiga veio pra Sampa aos 2 anos de idade. Por isso, considero-a mais paulista que mineira. Mas ela, claro, logo me corrigiu: "(...) não sou apenas filha de mineiros, sou mineira também (...)." Daí, a minha infração foi ainda mais grave!

Anônimo disse...

Clélia, essa frase é um clássico mineiro. Tem até comunidade no Orkut com milhares de membros. Se quiser, peça pra Cê te mostrar o link (http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=1073666). Sua amiga Kátia Diniz, mesmo em Sampa desde os dois anos de idade, não de ter encontrado grande dificuldade pra matar a charada e te dar o palpite. Está valendo! Bjo!

Arnaldo, o som desse sotaque mineiro remete à simplicidade total, à ausência da sofisticação, à malícia do "come-quieto"... Com ele, o Brasil é mais BraSil e menos BraZil. Uma beleza, teu comentário.

Abraços!

Clélia Riquino disse...

Olha só, eu não sabia... Não faço parte do orkut, mas pedirei pra Cê me mostrar, sim.

Esta história do Arnaldo é mesmo legal.

'té +,
Clé

Clélia Riquino disse...

Não sou boa em contar piada, mas tem uma historinha mineira qu’eu gosto (talvez vc conheça): A família esperava o trem na estação. Quando o pai avistou o dito-cujo, falou, logo, pros filhos: "pega os trem que a coisa vem vindo!"

Anônimo disse...

Boa, essa historinha!
Bjo!