terça-feira, outubro 07, 2008

SAMBA DO IRAJÁ

Meu cunhado Luis Henrique fez aniversário na última sexta-feira, três de outubro. Motivo mais do que suficiente pra fazer um samba comemorativo. No entanto, há umas duas semanas, o Tito, também meu cunhado, irmão mais velho de Luis Henrique e de minha digníssima, ligou aqui pra casa avisando que a churrasqueira do Doce Refúgio – projeto antigo do meu sogro, o velho Mizoca - estava pronta e seria inaugurada no sábado, quatro de outubro. Era um convite. Ou melhor, uma convocação. O aniversário e a inauguração da churrasqueira seriam celebrados com um samba em grande estilo no Doce Refúgio.

Batizado com esse nome pelo velho Mizoca, aquele quintal foi palco dos encontros do dia-a-dia da família e de outros momentos mais do que especiais. Já recebeu artistas brasileiros – e estrangeiros – da mais alta categoria, membros de gerações antigas e novas do samba carioca. Já passaram por ali músicos como o mestre Nei Lopes – membro da família; Leny Andrade, sempre acompanhada pelo grande Lúcio Nascimento, também membro da família e baixista de primeira linha; Marcel Powell, filho do grande Baden, de quem herdou um talento fortíssimo para deslizar nas cordas do violão; Diogo Nogueira, filho do grande João, além de outros que não me ocorrem agora.

E a noite foi esplendorosa, tão rica em todos os seus detalhes que merecerá uma série de postagens que farei contando a vocês leitores, mais raros do que chuva em deserto, que passam por aqui para ler as minhas mal traçadas linhas com alguma freqüência, como foi que tudo ocorreu nessa festa. Proponho que assistam aos vídeos que fiz. Quem tiver a sensibilidade um pouco mais aguçada perceberá a beleza do momento.

Notem como o Tito confere um tom solene – a ocasião merece – ao discurso que introduz a homenagem feita ao velho Mizoca. Notem que é com gratidão que ele devolve o carinho e a amizade do Varé, presidente do Clube Pau-Ferro, que emprestou as mesas e cadeiras para a festa. Notem como Luis Henrique chora imediatamente ao ver a imagem do pai ser exposta para os aplausos de todos, e como Tia Eninha e Tia Gloria - mãe do Tito, do Osnir (o Neném) e da Mariângela, também choram e se abraçam, conferindo ao momento uma emoção ainda mais profunda.

E foi só o começo de uma festa sem hora pra acabar.

5 comentários:

Luiz Antonio Simas disse...

Meu velho, conto contigo para a festa na aldeia de sábado. Vamos celebrar e dane-se o resultado. O mestre Nei Lopes escutou hoje o samba na Folha Seca e gostou! Isso pra gente vale muitíssimo. É a vitória.
Abraço.

Anônimo disse...

Caro Diego somente uma pessoa com a sua sensibilidade seria capaz de descrever a beleza daquele momento...

Forte abraço do seu cunhado

Luís H.

Diego Moreira disse...

Simão, estarei lá. Elevarei quem puder ir comigo pra torcida. Não fui pra semi-final pois estava no Irajá. Mas dessa vez festejarei com vocês, torcendo pela vitória. E sabendo que o tio Nei é salgueirense o troço fica mais valioso ainda, não é, malandro? Axé! Iboru!

Rico, tem que ter olhos de ver... é fundamental,meu irmão. Abraço!

Larissa disse...

A foto não me deixa mentir: eu estava lá! Que delícia de refúgio, de comida, de música, mas, acima de tudo, de pessoas! Saber receber é uma forma de amor e poucos sabem como aqueles do Irajá...

Diego Moreira disse...

Disse tudo, garota!
Beijos!